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Segunda Sem Carne chega a 100 municípios de São Paulo e já abrange quase 2 milhões de alunos

A Segunda Sem Carne foi lançada no Brasil em 2009 pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), com a proposta de convidar a população a trocar a proteína animal pela proteína vegetal – trazendo benefícios para a saúde das pessoas, para os animais e para o meio ambiente. Hoje presente em mais de 40 países, a campanha ganha mais uma vitória no Brasil: 100 municípios do Estado de São Paulo estão implementando a merenda vegetariana nas suas escolas estaduais. 

Este processo começou em novembro de 2016, quando 210 escolas da capital iniciaram um cardápio sem carnes ou derivados uma vez a cada 15 dias. Após quase um ano, o programa foi estendido a toda a rede, gerando ganhos ambientais bastante significativos: a cada semana, a substituição pela proteína vegetal economiza 1,9 bilhão de litros de água (equivalente a 21 milhões de banhos), 2,3 milhões de Kg de grãos (suficientes para satisfazer as necessidades proteicas de 5,2 milhões de pessoas em um dia e 3,9 milhões de Kg de gás carbônico emitido na atmosfera. “Uma das ferramentas para preservação do planeta é o garfo”, disse Renato Nalini, Secretário da Educação do Estado de São Paulo.

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Além do apoio decisivo do secretário Nalini e o empenho de sua equipe técnica, a Segunda Sem Carne tem a agradecer também o Deputado Estadual Roberto Tripoli. Foi dele uma indicação feita em 2015 ao Governador Geraldo Alckmin para implantar o programa na rede estadual de ensino, após a bem-sucedida implantação na rede municipal de ensino da capital. Tripoli foi quem também propôs a adesão da rede Bom Prato de restaurantes populares—onde a Segunda Sem Carne está em implantação gradativa nos mais de 50 restaurantes do estado. “É tempo de abrir os leques, mostrar novas opções de consumo responsável. A população, principalmente os jovens, devem ser informados sobre novas possibilidades de consumo e comportamento, inclusive na alimentação. O menor consumo de carne vem sendo recomendado não somente por questões envolvendo a saúde humana, mas o equilíbrio ambiental e pelos animais”, argumentou Tripoli. Nas próximas semanas, numa parceria da Secretaria de Educação do Estado com a Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), as merendeiras dos municípios participantes do programa farão um treinamento para assimilar e multiplicar os benefícios trazidos pela substituição da proteína animal pela vegetal. “Precisamos difundir para aqueles que põem a mão na massa o que a ciência já vem demonstrando consistentemente ao longo dos anos: a alimentação baseada em vegetais só traz vantagens – e pode ser deliciosa”, explicou Alessandra Luglio, coordenadora do Departamento de Saúde e Nutrição da SVB.